Foto: Pxhere (Divulgação)
Diferente do cão, habituado a passear, o gato nem sempre é tão sociável. Conhecidos pela personalidade marcante e pela individualidade, viajar pode ser um sinônimo de pânico para muitos tutores de felinos. Mas o que fazer com o seu pet? Levar ou não levar?
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De acordo com o veterinário Jorge Alberto Moraes, é preciso, antes de tudo, conhecer os hábitos do bichano para tomar a decisão.
- É preciso se basear no histórico do animal, como ele se comportou na última viagem. Se for a primeira vez, é preciso estar atento ao comportamento dele em casa, se é tranquilo ou não -ressalta Jorge.
Se for a primeira viagem ou o animal viajou poucas vezes, o ideal, segundo o veterinário, é prepará-lo pelo menos uma semana antes de sair, ensinando a usar a coleira e habituando-o com a caixa de transporte, por exemplo. Além disso, é possível utilizar florais e medicamentos fitoterápicos para diminuir o estresse do animal.
SE VOCÊ FOR VIAJAR COM SEU GATO
O veterinário explica que é indispensável estar com a carteira de vacinação do felino em dia, ter um atestado do veterinário sobre a saúde do animal e uma caixa de transportes adequada, independente se a viagem for de carro, ônibus ou avião. Sem isso, o animal poderá não embarcar no transporte ou o motorista estará sujeito a multas de trânsito.
A caixa de transporte também precisa ser adequada ao tamanho do gato. O indicado é que a caixa permita que o animal consiga dar uma volta inteira sem ficar apertado e sem sobrar muito espaço.
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Antes de sair, o recomendado é deixar o felino por cerca de seis horas sem alimentação e três horas sem água, para evitar enjoos e mal estar durante a viagem.
Para ele se sentir mais ambientado e se estressar menos durante o passeio, o ideal é levar sua caminha, coleira, bebedouro e comedouro na mala.
SE VOCÊ NÃO FOR VIAJAR COM SEU GATO
De maneira alguma o animal deve ficar totalmente sozinho em casa durante o passeio do tutor. Se o gato não for deixado em um hotel especializado para animais, é preciso que um amigo ou familiar - preferencialmente alguém que já tenha contato com o gato - ou um pet sitter (pessoa que vai até sua casa diariamente para cuidar do animal) fique, pelo menos, uma hora por dia com o bichano, dando atenção, alimentação e fazendo a higiene da areia. A pet sitter Betina Drehmer ressalta que a visita diária é necessária, inclusive, por questões de segurança, porque o animal pode derrubar algum móvel durante uma brincadeira.
- Eles são mais independentes que os cães, mas também precisam de carinho e atenção - explica Betina.
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Para viajar tranquilo, a pet sitter dá algumas dicas:
- Deixe diversos bebedouros e comedouros espalhados pela casa, porque eles podem derrubar ou não querer comer por conta de alguma sujeira que pode cair na água ou na ração;
- Tenha rede nas janelas, pois devido a alteração da rotina, eles costumam ficar assustados e podem tentar fugir;
- Deixe mais areia que o normal. Por estarem ansiosos, eles podem comer mais e, consequentemente, usar mais a caixinha;
- Altere o mínimo possível do ambiente. Se ele é acostumado a ter acesso a todas as peças da casa, não limite o espaço fechando as portas;
- Deixe uma roupa usada para o bichano sentir que não foi abandonado e que seu tutor voltará em breve
- Se você vai cuidar de um gato de um conhecido, chegue calmo na casa. Não insista em pegar no colo ou brincar se ele não estiver à vontade.